quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A CURA NA REDENÇÃO

Por ocasião da Queda do primeiro homem, Adão, no Jardim do Éden, toda a criação ficou sujeita às consequência devastadoras dessa terrível desconexão do homem com o Deus Criador.

         É importante que se diga que esta primeira “espécie” de homem, ou este primeiro Adão, foi criado por Deus para jamais conhecer a morte. Adão era dotado de plenitude em sua condição física e biológica, suas células jamais se degeneravam ou morriam, assim, seu processo vital estava em constante estado de homeostase, ou seja, imutáveis e inabaláveis, além disso, as condições ambientais da Terra Original propiciavam a manutenção desse estado de perfeita saúde; os alimentos produzidos pelo solo sem químicas e agrotóxicos, a atmosfera pura e livre de poluições nocivas ao organismo, em fim, era o estado de plena abundância de saúde e força física para Adão e Eva.

         Como sabemos, esse estado era condicionado ao limite da obediência; o fruto daquela árvore do Conhecimento do bem e do mal não possuía nenhum tipo de “composição maligna” ou “veneno moral”, era apenas a representação do limite imposto por Deus para garantir o perfeito relacionamento de amor liberal entre Criador e criatura. Certamente, quando Adão e Eva provaram do fruto proibido, não só seus olhos se abriram (Gênesis 3:7), mas suas defesas imunológicas, também. Seu sistema imunológico começou o processo de declínio, e suas células começaram a se degenerar, assim, Adão e toda a raça humana que dele descendeu, ficaram sujeitos a todo tipo doenças e enfermidades.
         Eis o poder da REDENÇÃO, ela é completa. A obra expiatória de Cristo no Calvário é uma obra substitutiva e plena. Jesus Cristo, o último Adão, assumiu toda a dívida da transgressão do primeiro Adão (I Coríntios 15:45; Colossenses 2:12-14; Gálatas 3:13). O gênero humano foi resgatado do domínio do mal, e agora, tem a sua disposição a VIDA ABUNDANTE (João 10:10), abundância esta, que diz respeito a espírito, alma e corpo. A doença e enfermidade como consequência do Pecado Original, foram erradicados da natureza humana, e isto somente pode ser realidade na vida de cada ser humano na Terra, pela fé em Jesus Cristo e em sua obra redentora.
         Nossa Salvação possui abrangência cosmológica e antropológica, e no que tange ao homem, possui abrangência na composição total do homem: natureza imaterial (alma e espírito) e natureza material (corpo).
         O salmista glorificou a Deus pela lembrança de todos os seus benefícios, e exortou sua alma dizendo: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.” (Salmo 103:2-3). Os ensinos bíblicos incompletos sobre a natureza plena da salvação em Cristo Jesus fizeram com que nos esquecêssemos de alguns benefícios de Deus, inclusive a CURA.
 Nas Escrituras e no plano redentor, o PERDÃO e a CURA de Deus andam juntos. Senão vejamos, Jesus provou seu poder para perdoar através da cura, declarando que para Ele não há níveis de dificuldade diferenciados entre perdoar e curar (Mateus 9:5-7).
         A cura está inserida na expiação. O texto profético áureo da obra expiatória no Antigo Testamento declara: “Verdadeiramente, eletomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.” (Isaías 53:4-5).
 Esta profecia messiânica revela a natureza soteriológica da CURA DIVINA, ou seja, ela é uma dádiva da CRUZ. O apóstolo Pedro fazendo menção deste texto declara: “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:24).
         Você pode estar se perguntando então: Já que a cura está incluída na obra expiatória, e Cristo já carregou em seu corpo as doenças, então por que alguns cristãos morrem jovens com enfermidades terríveis? A resposta é: Pelo mesmo motivo de alguns cristãos viverem no pecado mesmo depois de Cristo já haver levado os pecados em seu corpo.
 Ambos não trocaram de Lei, continuam vivendo sob a Lei do Pecado e da Morte, ou seja, do Pecado e de suas consequências. Àqueles que vivem na prática do pecado, o fazem porque vivem deliberadamente sob a lei do pecado, e àqueles que vivem à mercê da enfermidade, o fazem porque vivem ignorantemente sob a lei da morte. 

O Espírito de Deus nos revela através da instrumentalidade de Paulo, o caminho da plena redenção: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.”. (Romanos 8:1-2). Andar segundo a carne é viver a vida decadente contraída pela primeira espécie adâmica, Adão; e andar segundo o espírito (note que é o espírito do homem) é viver a vida abundante restaurada pela última espécie adâmica, Jesus Cristo.


         A soteriologia desenvolveu uma teologia conformista para justificar a ausência de revelação e poder da Igreja ao longo dos séculos, assim, multidões de cristãos fiéis, foram se encontrar com Jesus na glória celeste antes da plenitude de seu tempo na terra. Porém, agora, neste tempo derradeiro da Igreja, o Evangelho do Reino está sendo retomado (Mateus 24:14), e todas as coisas serão restauradas antes da Vinda de Jesus Cristo (Atos 3:19-21). A revelação da CURA NA REDENÇÃO está sendo restaurada, não na intelectualidade dos pregadores, mas no espírito do corpo de Cristo. Antes do fim, não haverá um enfermo sequer. Ao Rei Jesus seja a glória.

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