Por ocasião
da Queda do primeiro homem, Adão, no Jardim do Éden, toda a criação ficou
sujeita às consequência devastadoras dessa terrível desconexão do homem com o
Deus Criador.
É importante que se diga que esta
primeira “espécie” de homem, ou este primeiro Adão, foi criado por Deus para
jamais conhecer a morte. Adão era dotado de plenitude em sua condição física e
biológica, suas células jamais se degeneravam ou morriam, assim, seu processo
vital estava em constante estado de homeostase, ou seja, imutáveis e
inabaláveis, além disso, as condições ambientais da Terra Original propiciavam
a manutenção desse estado de perfeita saúde; os alimentos produzidos pelo solo
sem químicas e agrotóxicos, a atmosfera pura e livre de poluições nocivas ao
organismo, em fim, era o estado de plena abundância de saúde e força física
para Adão e Eva.
Como sabemos, esse estado era
condicionado ao limite da obediência; o fruto daquela árvore do Conhecimento do
bem e do mal não possuía nenhum tipo de “composição maligna” ou “veneno moral”,
era apenas a representação do limite imposto por Deus para garantir o perfeito
relacionamento de amor liberal entre Criador e criatura. Certamente, quando
Adão e Eva provaram do fruto proibido, não só seus olhos se abriram (Gênesis
3:7), mas suas defesas imunológicas, também. Seu sistema imunológico começou o
processo de declínio, e suas células começaram a se degenerar, assim, Adão e
toda a raça humana que dele descendeu, ficaram sujeitos a todo tipo doenças e
enfermidades.
Eis o poder da REDENÇÃO, ela é completa. A
obra expiatória de Cristo no Calvário é uma obra substitutiva e plena. Jesus
Cristo, o último Adão, assumiu toda a dívida da transgressão do primeiro Adão
(I Coríntios 15:45; Colossenses 2:12-14; Gálatas 3:13). O gênero humano foi
resgatado do domínio do mal, e agora, tem a sua disposição a VIDA ABUNDANTE
(João 10:10), abundância esta, que diz respeito a espírito, alma e corpo. A
doença e enfermidade como consequência do Pecado Original, foram erradicados da
natureza humana, e isto somente pode ser realidade na vida de cada ser humano
na Terra, pela fé em Jesus Cristo e em sua obra redentora.
Nossa Salvação possui abrangência
cosmológica e antropológica, e no que tange ao homem, possui abrangência na composição
total do homem: natureza imaterial (alma e espírito) e natureza material
(corpo).
O salmista glorificou a Deus pela
lembrança de todos os seus benefícios, e exortou sua alma dizendo: “Bendize, ó
minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. É ele
que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.” (Salmo
103:2-3). Os ensinos bíblicos incompletos sobre a natureza plena da salvação em
Cristo Jesus fizeram com que nos esquecêssemos de alguns benefícios de Deus,
inclusive a CURA.
Nas Escrituras e no plano redentor, o PERDÃO e a CURA de Deus
andam juntos. Senão vejamos, Jesus provou seu poder para perdoar através da
cura, declarando que para Ele não há níveis de dificuldade diferenciados entre
perdoar e curar (Mateus 9:5-7).
A cura está inserida na expiação. O
texto profético áureo da obra expiatória no Antigo Testamento declara:
“Verdadeiramente, eletomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas
ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados.” (Isaías 53:4-5).
Esta profecia messiânica revela a natureza
soteriológica da CURA DIVINA, ou seja, ela é uma dádiva da CRUZ. O apóstolo
Pedro fazendo menção deste texto declara: “levando ele mesmo em seu corpo os
nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos
viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:24).
Você pode estar se perguntando então:
Já que a cura está incluída na obra expiatória, e Cristo já carregou em seu
corpo as doenças, então por que alguns cristãos morrem jovens com enfermidades
terríveis? A resposta é: Pelo mesmo motivo de alguns cristãos viverem no pecado
mesmo depois de Cristo já haver levado os pecados em seu corpo.
Ambos não
trocaram de Lei, continuam vivendo sob a Lei do Pecado e da Morte, ou seja, do
Pecado e de suas consequências. Àqueles que vivem na prática do pecado, o fazem
porque vivem deliberadamente sob a lei do pecado, e àqueles que vivem à mercê
da enfermidade, o fazem porque vivem ignorantemente sob a lei da morte.
O
Espírito de Deus nos revela através da instrumentalidade de Paulo, o caminho da
plena redenção: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus, que andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei
do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.”.
(Romanos 8:1-2). Andar segundo a carne é viver a vida decadente contraída pela
primeira espécie adâmica, Adão; e andar segundo o espírito (note que é o
espírito do homem) é viver a vida abundante restaurada pela última espécie
adâmica, Jesus Cristo.
A soteriologia desenvolveu uma
teologia conformista para justificar a ausência de revelação e poder da Igreja
ao longo dos séculos, assim, multidões de cristãos fiéis, foram se encontrar
com Jesus na glória celeste antes da plenitude de seu tempo na terra. Porém,
agora, neste tempo derradeiro da Igreja, o Evangelho do Reino está sendo
retomado (Mateus 24:14), e todas as coisas serão restauradas antes da Vinda de
Jesus Cristo (Atos 3:19-21). A revelação da CURA NA REDENÇÃO está sendo restaurada,
não na intelectualidade dos pregadores, mas no espírito do corpo de Cristo.
Antes do fim, não haverá um enfermo sequer. Ao Rei Jesus seja a glória.
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