quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CURA: RESPONSABILIDADE DIVINA. SAÚDE: RESPONSABILIDADE HUMANA.

Por muitos anos cristãos subjugados pelo legalismo dogmático da Igreja e ministros ignorantes quanto à preocupação de Deus com a saúde de seu povo, foram vítimas de doenças psicossomáticas (enfermidades emocionais que afetam o corpo) e hipocinéticas (enfermidades físicas ou emocionais por falta de atividade física). Isto devido ao fato da demonização generalizada por parte dos cristãos, atribuindo ao esporte e outras práticas saudáveis de atividade física, um caráter “mundano” quando não “diabólico”. O resultado disso: cristãos, sacerdotes e pregadores morrendo precocemente sob a justificativa da “vontade” soberana de Deus. Não, Deus não deseja, absolutamente, que morramos com boa expectativa cronológica de vida, ao contrário, Ele deseja que cada ser humano na Terra viva abundantemente e com saúde. Jesus disse: “...eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (João 10:10), e inspirado pelo Espírito de Deus, João expressou em seu desejo, o desejo de Deus: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” (III João 2). Você não acredita que a vida abundante de que Deus falou diz respeito somente à vida espiritual (zoe) não é? O Criador atribui grande valor à vida biológica (bios), e espera que nós cuidemos como bons mordomos, do templo do Espírito Santo, que é o corpo, que, aliás, não pertence a nós. “Ou não sabeis que nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” (I Coríntios 6:19-20). Não se glorifica a Deus com um corpo doente por negligência. Como expressa o tema dessa postagem, Deus é responsável pela cura, não por nossa saúde, disso Ele nos incumbiu. 
Este zelo pelo corpo se dá de pelo menos três formas: (1) Santificação; (2) Alimentação correta; e (3) Atividade física. Através da santificação zelamos pela pureza de nosso corpo, para que o Deus Puro possa nos habitar de fato, assim, Deus deseja que nosso corpo se abstenha de qualquer tipo de mácula espiritual (I Coríntios 6:15-18). Além disso, Deus estabeleceu no Antigo Testamento, regulamentos quanto a alimentação de seu povo (Êxodo 12:15; Levítico 7:26), o que os mesmos confundiram com meras leis cerimoniais. Deus não proíbe alimentos de maneira legalista (Colossense 2:16), Ele somente espera que nos alimentemos de forma prudente para suprir nosso corpo sem danificá-lo.
O apóstolo Paulo como bom judeu, porém, criado sob a influência da cultura grega de Tarso e com sua cidadania romana por parte de pai, embora teologicamente educado pelo rabino Gamaliel (Atos 22:3), certamente esteve exposto ao ambiente desportivo vigente em sua época desde sua infância (alguns historiadores afirmam que Saulo praticou corrida e luta greco-romana). E mesmo depois de sua dramática conversão, Paulo ainda revelava em seus escritos seu apreço pelos esportes, utilizando-os como ilustrações da vida cristã. Acerca da dedicação à carreira cristã e ao ministério no Reino de Deus Paulo ilustra a medalha de ouro de um MARATONISTA: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” (I Coríntios 9:24). Paulo também ilustra o treinamento e a abstinência de um LUTADOR: “E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa...” (I Coríntios 9:25).
Vamos analisar um texto paulino erroneamente utilizado pelos religiosos opositores da prática esportiva:

“Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa...” (I Timóteo 4:8a)

Não podemos relativizar ou tornar legalista o real conceito de piedade, pois a verdadeira natureza da piedade está intrínseca em um espírito recriado e uma mente regenerada. É possível ser piedoso em qualquer âmbito da vivência humana, mesmo no esporte, isto, condicionado à moral de Deus (o conceito de moralidade divina é absoluto, e está, aí sim, expresso nos princípios legais do decálogo, os dez mandamentos Êxodo 20:1-17). Além disso, Paulo, embora não endosse, ele não diz que o exercício físico não tem “nenhum proveito”, mas que “para pouco aproveita”, e este “pouco” proveito inclui certamente a saúde do corpo, que é a vontade de Deus para todos nós.
Como responsáveis por nossa saúde devemos nos abster sim, de qualquer tipo de sedentarismo ou glutonaria. Tão danoso quanto ver um homem maculado por uma vida imoral, é ver um homem gordo, não por questões genéticas ou emocionais, mas por alimentação imprópria e falta de atividade física. Isto sim é pecado.
A voz da cura clama a todo homem: Zelem pelo templo de Deus, seus corpos, e quando mesmo assim, enfermidades os atacarem, certamente eu os curarei.

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